UNIVERSIDADE
ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Engenharia Civil
Relatório
de Estágio Supervisionado
Aluno:
Alex Ferreira dos Santos
Campus
Centro IV- Rio de Janeiro
ALEX
FERREIRA DOS SANTOS
Relatório
de Estágio Supervisionado
Relatório apresentado como conclusão do Estágio
Supervisionado do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Estácio de Sá.
Professor
Supervisor:
Prof.ª Eng.ª Márcia
Machado, Msc/
Período:
Fev à Jul de 2014.
Campus
Centro IV - Rio de Janeiro
2. INTRODUÇÃO
Um breve histórico da minha vida
profissional, eu trabalhava em uma multinacional onde comecei trabalhando como
motorista do SESMT onde todos os profissionais eram técnicos de segurança pleno
ou sênior, um já tinha o curso técnico, até que certo dia foi me dada à
oportunidade para o cargo.
Todavia, como eu não tinha
muito conhecimento prático da atividade que era gerenciamento de resíduos na
construção civil, função a qual exerceria, enquanto buscava informações na
internet e livros relacionados, puxava as disciplinas na faculdade que tratavam
do assunto e aplicava esse conhecimento adquirido em minha área profissional.
Incrivelmente, após muito
trabalho e dedicação em 05 meses o problema de lixo e descarte de resíduos
estava controlado, após um ano do início de minhas atividades houve um corte de
custos e os engenheiros de campo foram dispensados, como eu era o único que
exercia atividades em todos as áreas passei a gerenciar os técnicos “Seniores e
Plenos”, com isso, recebi uma nova promoção.
Entretanto 06 meses depois,
por questões de redução de custos com a crise da Europa a empresa que eu
trabalhava foi substituída por outra, grande parte do efetivo foi dispensada e
como era uma pessoa chave e pela bagagem que tinha fui contratado como auditor
fiscal líder.
Neste momento já estava em
uma zona de conforto profissional, mas, precisava de uma experiência em uma
empresa de engenharia civil, para que quando terminasse a faculdade, tivesse
maiores e melhores oportunidades.
Ela veio aproximadamente 06
meses após o início das buscas e já estava casado e veio em excelente hora,
minha última experiência foi de fundamental importância pela conquista da
mesma. Todas as técnicas que eu conhecia de gerenciamento de pessoas,
documentos, empresas, foram fielmente empregadas na nova atividade e alguns
meses depois fui convidado a pertencer ao quadro de funcionários.
Hoje, com quase de dois anos
nessa empresa de engenharia que fabrica produtos de ponta para construção civil
no país, com tecnologias trazidas da Europa a pouco mais de 15 anos, já recebi
duas promoções e exerço uma atividade de confiança e liderança, fruto do
aprendizado de experiências anteriores, conhecimento teórico, muito trabalho e
dedicação.
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1. CONTROLE DE CURSOS
PROFISSIONALIZANTES
2.1.1 O que foi feito: Gerenciamento
A primeira atividade que
exerci foi algo que estava um pouco largado pela empresa e que era o grande
desafio de melhora para o meu chefe, a pessoa que fazia o controle não tinha a
menor experiência em gerenciamento de coisas era tudo anotado em Word e salvo
em pastas em um diretório do PC, quando queríamos encontrar algo, perdíamos
muito tempo e às vezes não encontrávamos, era à hora da mudança acontecer.
2.1.2. Por que foi feito: Atendimento a ISO 9001
Esse
controle de cursos é de fundamental importância para que se mantenha o a ISO
9001 que a empresa adquiriu, pois, faz parte deste documento metas com números
mínimos de cursos de qualificação profissional e alunos formados por trimestre.
2.1.3. Como foi feito: Controle
Uma
de minhas atividades exercidas anteriormente era o gerenciamento de empresas e
documentação das mesmas, para isso, eu usava o programa da Microsoft Excel,
criei planilhas automatizadas, auto-alimentáveis, com geração de gráficos
estatísticos com as informações que eram alimentadas. Quando recebi a função de
gerenciar os cursos tive que fazer algo similar, entretanto, adaptado a nova
realidade de gerenciamento, em aproximadamente 15 dias de trabalho a planilha
gerencial estava pronta para rodar.
2.1.4 A aprendizagem com essa atividade: Desafios
Apesar da atividade de
gerenciamento não ter sido uma novidade em minha vida profissional, era um novo
tipo de controle e essa adaptação foi um desafio que me obrigou a buscar
literaturas principalmente referentes às formulações de Excel que permitissem a
leitura dos dados informados e a conversão para atendimento de minhas
necessidades.
Um das primeiras coisas que
fiz foi comprar livros de Excel avançado, como os volumes 1, 2 e 3 da editora
DIGERATI, cujo autor Claudio Sánchez ensina passo a passo a passo os segredos
dessa maravilhosa ferramenta de gerenciar, possibilitando a extração de
fórmulas e funções avançadas do programa, possibilitando um grande aprendizado.
2.2. ELABORAÇÃO DE PROJETOS
2.2.1. O que foi feito: Especificação e
quantificação
Já
em outro nível de conhecimento dos produtos da empresa, tive minha mão de obra
empregada no que até então era a principal atividade do setor ao qual eu
pertencia, especificação e quantificação de projetos de drywall.
2.2.2. Por que foi feito: Atendimento de mercado
Por
tratar-se de um produto relativamente novo no país, ainda é grande o número de
profissionais (arquitetos e engenheiros) que não tem conhecimento do seu uso ou
que possuem muitas dúvidas de execução.
Como
a mão de obra na construção civil é cada vez mais cara e escassa, assim como as
matérias primas usadas tradicionalmente na alvenaria, o uso de drywall nas construções
tem sido cada vez mais empregado, principalmente pela agilidade de execução,
(certa de quatro vezes mais rápida do que a alvenaria) e por tratar-se de um
sistema que não gera muitos resíduos, com percentuais de perdas bastante
reduzidos.
2.2.3. Como foi feito: Ferramenta AutoCAD
Com
uso do programa AutoCAD ou de outros que tenham a mesma plataforma, separa-se
as partes internas de uma planta baixa que podem ser utilizadas paredes,
revestimentos, tetos e forro com uso de drywall.
As
partes são isoladas e identificadas com LAYER fazendo uso de cores e descrições
de acordo com o manual técnico da empresa ao qual trabalho que por sua vez é
baseado no manual da associação brasileira dos fabricantes de drywall e norma
vigente, entretanto, as nomenclaturas utilizadas são de uso exclusivo de minha
empresa para evitar que as concorrentes possam utilizar o sistema que
especificamos.
Após
a definição de cada sistema com uso da tabela de desempenho de sistemas de
drywall (paredes, revestimento, tetos e forro) é hora de realizar a
quantificação de produtos, para isso, utiliza-se índices e percentuais que
devem ser multiplicados por cada m² de sistema.
2.2.4 A aprendizagem com essa
atividade: Diferencial
Dominar
uma nova técnica de construção civil, certamente é um grande diferencial
profissional, principalmente quando tenho a possibilidade de trabalhar ao lado
de excelentes profissionais, tornando o aprendizado diário.
2.3. ATIVIDADES FORA DO
ESCRITÓRIO
2.3.1 O que foi feito: visitas técnicas / eventos
Realizo atividades fora do
escritório em duas situações para realizar visitas técnicas ou em obras
geralmente quando existe alguma patologia no sistema ou quando a equipe de
marketing realiza algum evento.
2.3.2. Por que foi feito: Atendimento a solicitações
e divulgações
Sempre
que uma obra apresenta um sistema com patologia, os construtores ligam para o
serviço de atendimento ao cliente e solicitam uma visita técnica para
identificação do problema, em 90% das vezes ocorre por falha humana, devido à
falta de conhecimento técnico.
De
tempo em tempo para divulgação dos produtos e aumento das vendas a empresa
promove eventos direcionados a construção civil, onde eu e os demais membros da
área técnica participamos ativamente das atividades.
2.3.3. Como foi feito: Relatório e fotos / Auxílio
técnico
Faz-se
uma varredura na obra e verificam-se cada execução dos sistemas empregados para
uma comparação com o padrão de execução, tiram-se fotos e monta-se um relatório
com textos e fotos com as não conformidades – NC e boas práticas – BP
visualizadas na visita. Esse documento é realizado em formulário padrão da
empresa, cuja, as informações são extremamente confidenciais, assim como, na
maioria dos documentos da empresa. Também são passadas informações verbais com
base nos manuais e catálogos da empresa para o correto uso dos sistemas, sem
que haja o aparecimento de patologias.
2.3.4 A aprendizagem com essa atividade: Constante
A orientação que recebo para
essas atividades é orientar sempre de acordo com as normas, citadas no item
2.2.4 deste relatório, assim como os manuais da associação dos fabricantes de
drywall e da empresa ao qual trabalho. Qualquer outro tipo de execução que o
cliente queira executar que não estejam nestes documentos, será de
responsabilidade interina de seu executante e especificador, sem quaisquer
garantia do fabricante.
Com as atividades de campo,
nosso aprendizado é constante, pois, isso nos obriga a ter um vasto
conhecimento de todas as técnicas disponíveis e suas execuções, fazendo com que
busquemos cada vez mais o conhecimento teórico sobre os produtos e sistemas de
drywall.
2.4. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS /
MANUTENÇÃO GERAL
2.4.1 O que foi feito: Controle administrativo e
manutenção civil
Como os setores trabalham de
forma individual, existe a necessidade de uma pessoa para tratar dos assuntos
administrativos, como cadastro de fornecedores, controle de pagamentos, e
manutenção civil.
2.4.2. Por que foi feito: Qualificação técnica
A
área técnica foi incumbida de realizar a manutenção civil do prédio e isso
inclui obras em geral, por ser o único setor onde os gerentes são engenheiros
civis, quanto à atividade administrativa essa é uma exigência da empresa que
cada setor trate de suas atividades administrativas.
2.4.3. Como foi feito: Planilhas, programas e
atividade de campo
As
atividades administrativas são controladas de 02 formas, planilhas eletrônicas
e programas específicos. As planilhas assim como as demais foram elaboradas de
acordo com minhas necessidades referentes às atividades que executo em meu dia
a dia, para a realização de solicitação de pagamentos a fornecedores é
necessário o uso de um sistema chamado SAP.
A
manutenção civil que é constante em nossa empresa é uma atividade que requer
tempo e dedicação, pois, temos que planejar a execução, acompanhar in loco,
pesquisar orçamentos, cadastrar fornecedor, resolver os problemas que surgem e
cumprir os curtos prazos de execução.
2.4.4. A aprendizagem com essa atividade:
Qualificação para o mercado
O somatório das atividades
desenvolvidas, tanto administrativas quanto, in loco, e os prazos curtos para
as execuções e finalizações fazem com que aprenda a desenvolver de forma rápida
e eficaz os trabalhos. Essa é uma prática cada vez mais comum, principalmente
em empresas de engenharia, onde para redução de custos mantém efetivos bastante
reduzidos e ao mesmo tempo exigem prazos cada vez menores.
O uso de programas como o
SAP era algo que eu nunca havia feito antes foi de grande valia, pois, esse é
um programa que cada vez mais vem sendo empregado em grandes empresas para
gerenciamento de custos e ter aprendido a utilizá-lo é mais um diferencial
entre os tantos que é exigido ao engenheiro deixando-me mais qualificado ao
mercado de trabalho.
3. CONCLUSÕES
As atividades que desenvolvi
como estagiário da empresa Knauf, fizeram com que eu aperfeiçoasse o meu
aprendizado profissional, tendo em vista que foram inseridas novas técnicas e
atividades que eu não conhecia e passei a dominar.
Existem diversas normas que
falam sobre o drywall, tanto em relação ao sistema quanto aos desempenhos
(mecânicos, acústicos, fogo - TRRF) na norma de (NBR 15575), quanto na
Instrução técnica do corpo de bombeiros – IT8/11 Anexo C. Além dos informados
pude aprender sobre os componentes dos sistemas, também normatizados como as
chapas (NBR 14715, NBR 14716 e 14717:2001), os perfis (NBR 15217) e massas
mínimas de revestimento (NBR 7008:2003, todas fornecem dados técnico com
diretrizes mínimas a serem seguidas para uso e fabricação.
O fato de a empresa
trabalhar com efetivo extremamente reduzido e cada colaborador ter um grande
número de atividades a desenvolver possibilitou-me desenvolver maior
concentração e agilidade para desenvolver minhas atividades.
Nem sempre trabalhar de
forma rápida é suficientemente capaz para atender aos prazos sempre curtos e
toda demanda de trabalho que nos é incumbida, com isso, somos obrigados a
desenvolver técnicas que permitam maior rapidez das atividades.
Todavia, mesmo não tendo
pretensão de sair de onde estou quando estiver formado, sei que caso isso venha
a acontecer, estarei capacitado tecnicamente a desenvolver um bom trabalho em
qualquer empresa que eu venha a trabalhar, pois, não só as atividades exercidas
no estágio, mas, os somatórios de todas as minhas profissões anteriores me
fizeram ser um profissional qualificado e capacitado para o mercado de
trabalho.
REFERÊNCIAS:
SITE:
QUALIDADE DE DRYWALL http://www.qualidadedrywall.org.br/painel/arquivos/recadastramento.pdf
SISTEMAS DE
CONSTRUÇÃO A SECO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DOS FABRICANTES DE DRYWALL
QUALIDADE DO DRYWALL
CORPO DE BOMBEIROS –
SP
ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DOS FABRICANTES DE AÇO
FABRICANTE DE PERFIL
– ANANDA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS
NBR
NBR
15 575:2013 – Norma de desempenho
NBR
14715, NBR 14716 e 14717:2001 - Chapas
NBR
15217 - Perfil
NBR
7008:2003 – Massas
Instrução
técnica do corpo de bombeiros – IT 8/11 Anexo C
CATÁLOGOS
/ MANUAIS
Zorzi,
Omair, Alvarenga, João - Manual de instalação Knauf do Brasil, 2013.
Zorzi,
Omair, Alvarenga, João - Catálogo paredes Knauf, 2011.
Zorzi,
Omair, Alvarenga, João - Catálogo revestimentos Knauf, 2012.
Zorzi,
Omair, Alvarenga, João - Catálogo tetos e forros Knauf, 2011.
APÊNDICES:
Imagem 01 - Planilha de controle de
cursos
Imagem 02 – Gráfico_ mão de obra
Imagem 03 - Quantificação de produtos
Imagem 04 - Detalhes dos sistemas
especificados de drawall.
Imagem 05 - Utilização do sistema SAP
ORIENTAÇÕES DE
ELABORAÇÃO:
ANEXOS
ANEXO 01: Ficha de
inscrição
Deve ser entregue pelo
estagiário (antes do início do estágio) ao coordenador de estágios, que o
aceitará, ou não. A condição básica para o aceite (além do preenchimento e
assinaturas e demais itens solicitados) é que:
1.
A empresa ou profissional autônomo já tenha
Termo de Convênio firmado com a UNESA. Em caso negativo pode ser solicitado
seja elaborado tal Termo de Convênio, através da Coordenação de Estágio.
2.
Que haja profissional habilitado para a
supervisão direta do estágio.
3.
Depois de aceite o anexo 01 pelo coordenador
de estágios, o mesmo indicará ao estagiário seu supervisor indireto e, ao
supervisor indireto, o estagiário a ser supervisionado.
4.
Finalizado o estágio, o estagiário
supervisionado indiretamente pela professora elaborará seu Relatório de
Estágio (ANEXO 02) no modelo disponibilizado no presente arquivo.
5.
Obrigatoriamente os documentos abaixo devem
ser encadernados ao final do relatório, com as devidas informações e
assinaturas necessárias. Os documentos são impressos na forma que estão, e
devem ser preenchidos à mão, com caneta preta ou azul.
ANEXO 03 – Ficha de frequência
no estágio
Deve ser preenchida pelo
estagiário durante as suas atividades no estágio. Esse anexo comprovará às
horas desenvolvidas. Deve ser assinada com carimbo do CONSELHO e da EMPRESA com
CNPJ.
ANEXO 04 – Avaliação
periódica – profissional responsável pelo estágio
Deve ser preenchida pelo
profissional responsável pelo estágio, assinada com firma reconhecida. Avaliará
o estágio realizado, o estagiário, o processo de estágio e o apoio da
Instituição para o êxito do estágio.
ANEXO 05 – Avaliação
periódica – professor supervisor
Será preenchida pela
professora, de modo a avaliar o estágio realizado, o estagiário e o processo de
supervisão. O preenchimento ocorrerá após a entrega do relatório no protocolo
da UNESA.
ANEXO 06 – Avaliação
periódica – estagiário
Deve ser preenchida pelo
estagiário de modo a avaliar o estágio realizado, a experiência de aprendizagem,
a adequação do estágio e o processo de supervisão.
Observações
importantes:
1. Siga o calendário de
encontros definidos pela supervisora indireta professora.
Considere que se ela desconhecer o
desenvolvimento de seu estágio, não o poderá avaliar, sendo possível ter que
refazê-lo.
2. Ao finalizar o Relatório,
verificar se todas as assinaturas (afora anexo 05) estão firmadas e
reconhecidas, quando for o caso.
3. Antes de protocolar o
relatório, apresente-o à supervisora indireta professora, e peça dela a
autorização para protocolá-lo. Então, não o apresente no último dia, pois há a
hipótese de ter que refazê-lo.
Sumário