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IT 10/ 2011 do CB/ SP.


INSTRUÇÃO TÉCNICA 10 DE 2011 DO CORPO DE BOMBEIROS - IT 10/11CB
Para melhor entendimento, sugiro que visite o site do corpo de bombeiros do estado de São Paulo e realize o download na integra das IT's que são disponibilizadas gratuitamente pela corporação.

O material desta postagem é parte integrante do meu trabalho de conclusão de curso TCC realizado em 2014, posteriormente aprovação do mesmo pela banca examinadora, forneci todo material para o setor de marketing da empresa ao qual trabalhava e que me permitiu total acesso ao seu arquivo técnico para realização do mesmo.

Sendo assim, não fiquem surpresos caso verifiquem postagem semelhantes no site do fabricante em questão ao qual referencio nos meus textos e imagens.

Espero que o conteúdo tenha ficado em uma linguagem simples e clara para bom entendimento de todos os leitos, sejam estes técnico da área de construção, pesquisadores ou curiosos sobre o tema.
Boa leitura!

Seu principal objetivo é Estabelecer as condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações, para que, na ocorrência de um incêndio, limitem a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.

Devemos aplicar as regras aqui estabelecidas a todas as edificações onde são exigidos controles de materiais de acabamento e de revestimento conforme ocupações e usos constantes, na da Tabela B.1 do Anexo B desta instrução, podemos visualizar a classificação dos materiais.

Sobre os anexos No Anexo A.1 da IT 10/11 do CB/SP estão contidos os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) devem ser determinado.

Condições gerais. 
Condições de isenção de verificação e redução dos TRRF
As edificações desta seção para obterem o benefício de isenção de verificação ou redução dos TRRF devem atender aos objetivos do Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo e possuírem as saídas de emergência, as rotas de fuga e as condições de ventilação dimensionadas conforme regulamentações vigentes.

As isenções e reduções abaixo não se aplicam:
a. aos subsolos com mais de um piso de profundidade ou área de pavimento superior a 500 m2; 

b. à estrutura e paredes de vedação das escadas e elevadores de segurança, de isolamento de riscos e de compartimentação descritos no item 5.7 e respectivos subitens; 

c. às edificações do Grupo L (explosivos) e às divisões M1 (túneis), M2 (parques de tanques) e M3 (centrais de comunicação e energia). 

Edificações enquadradas nos subitens abaixo estão ISENTAS de TRRF, nas condições dos itens A.2.1 e A.2.2 desta instrução, sendo que as áreas indicadas referem-se à área total construída da edificação: A.2.3.1 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área inferior a 750 m2;

Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área inferior a 1.500 m2, com carga de incêndio (qfi) menor ou igual a 500 MJ/m2, excluindo-se dessa isenção as edificações pertencentes às divisões C2, C3, E6, F1, F5, F6, H2, H3 e H5;

Edificações pertencentes às divisões F3, F4 (exclusivo para as áreas de transbordo e circulação de pessoas) e F7, de classes P1 e P2 (Tabela A), exceto nas áreas destinadas a outras ocupações, que caracterizem ou não ocupação mista (nessas regiões devem ser respeitados os TRRF constantes da Tabela A, conforme a ocupação específica);

Edificações pertencentes à divisão J1 de classes P1 e P2 (Tabela A); A.2.3.5 Edificações pertencentes às divisões G1 e G2 (garagens), de classes P1 a P4 (Tabela A), quando abertos lateralmente conforme item 5.14 desta IT e com as estruturas dimensionadas conforme Anexo D da NBR 14432; 
A.2.3.6 As coberturas das edificações que atendam aos requisitos abaixo: 
a. não tiverem função de piso; 
b. não forem usadas como rota de fuga; 
c. o seu colapso estrutural não comprometa a estabilidade das paredes externas e da estrutura principal da edificação.

Os mezaninos que apresentem área inferior a 750 m2, cuja estrutura não dependa da estrutura principal do edifício, 

Classificações dos materiaisNa tabela B1 da IT 10/11 do CB/SP encontramos a Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material.

Tabela B.1: Classe dos materiais
Imagem extraída da Instrução Técnica - IT 10/11 do CB SP.

Tabela A.2: Classe dos materiais de revestimentos exceto piso
Imagem extraída da Instrução Técnica - IT 10/11 do CB SP. 

Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima.
Δ t – Variação da temperatura no interior do forno.
Δ m – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.
Tabela A.1: Classe dos materiais de revestimentos de piso

Notas:
Fluxo crítico – Fluxo de energia radiante necessário à manutenção da frente de chama no corpo de prova.

FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado. Dm – Densidade ótica específica máxima corrigida.
Δ t – Variação da temperatura no interior do forno.
Δ m – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.

De um modo resumido, enquanto a IT 8/11 do CB de SP fala sobre o os desempenhos ao fogo e o tempo de resistência dos sistemas de paredes do drywall, a IT 10/11 fala sobre a classificação dos produtos, esses informações geralmente são disponibilizadas de modo mais singelo por seus fabricantes nas fichas técnicas dos produtos.

Abaixo podemos visualizar a ficha técnica que foi extraída do site de um dos fabricantes, onde a classificação do produto foi colocada em destaque por mim para facilitar o entendimento do leitor, todavia esses modelos sofrem atualizações frequentes e mudam de um fabricante para o outro.

Modelo de ficha técnica

Fonte: Site da Knauf do Brasil 





Imagem: Modele de ficha técnica

Ilustração de confecção própria
INFORMAÇÕES GERAIS TRANSMITIDAS SOBRE O TEMA À TERCEIROS PELO FABRICANTES.
Em outubro de 2009 foi lançada a norma Brasileira 15.758 - Projeto e Execução sendo.
Parte 1 - Paredes  
Parte 1 - Forros
Parte 1 - Revestimentos 

Nesta norma foram inseridas as tabelas de desempenho dos sistemas, conforme segue abaixo:
Desta forma, atualmente, não é mais necessário provar ao cliente através de ensaio que os sistemas DRYWALL são resistentes ao fogo.

Por esta razão as empresas que fabricam as chapas não estão mais enviando os laudos de ensaios de materiais.

Geralmente são realizados ensaios nos laboratórios IPT ou Falcon Bauer, todavia, hoje, existem neste mercado outros laboratórios qualificados para a realização da emissão desta documentação.

De acordo com o que consta no manual de instalação Knauf, nas páginas 54 e 55, assim como na norma é possível visualizar tabelas de desempenhos (acústico, mecânico e Tempo de resistência ao fogo) dos sistemas de paredes de acordo com a exigência de cada projeto.

O corpo de bombeiros do estado de São Paulo disponibiliza a tabela de resistência ao fogo do sistema de paredes em chapas de gesso para Drywall no ANEXO C da IT – 8/2011 disponibilizada para download no site da corporação, para facilitar o entendimento do leitor essa tabela pode ser visualizada abaixo ou nos anexos deste trabalho acadêmico.
Tabela C.1: resistência ao fogo de paredes em chapas de gesso para drywall
Imagem extraída da Instrução Técnica - IT 08/11 do CB SP.

Espero que o conteúdo postado possa-lhe ter sido útil para seus trabalhos e pesquisas acadêmicas, em caso de dúvidas fico a disposição para quaisquer esclarecimentos.

FERSAN ENGENHARIA
Alex Ferreira dos Santos
Eng. civil
Contato: 67 99850-0013 // 21 3435-3601
fersan.engenharia@gmail.com