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A história e origem do drywall

A história do drywall

Drywall no mundo e no Brasil

By: Alex Fersan


A origem do drywall

Como todo e qualquer grande invento esse também ocorreu por acaso, após um grande incêndio ocorrido na cidade de Nova York no ano de 1890 que devastou grande parte da cidade, pois, boa parte das construções eram constituídas de material altamente inflamável (madeira) levando a devastação de boa parte de cidade.




Como não existiam na ocasião técnicas construtivas as construções eram vulneráveis ao fogo, conforme visto no grande incêndio de Chicago, em 1871, que reduziu a cinzas a área central da cidade, matando pelo menos 300 pessoas e deixando mais de 100 mil desabrigados.


Teve origem em 1888 em Rochester, Kent, Reino Unido, todavia, só foi desenvolvido em 1891, mas, apenas em 1894 foi patenteada nos Estados Unidos por um homem chamado Augustine Sackett, juntamente com um de seus funcionários, Fred I. Kane, ambos da Companhia de Carvões e Asfaltos dos Estados Unidos, New York Coar Tar Química, possuíram uma brilhante ideia e inventaram uma chapa de gesso acartonado que viria revolucionar a construção civil.

Pouco encontramos sobre a bibliografia de Fred I. Kane, nem nunca saberemos se ambos realmente foram os responsáveis pela idealização, mas, o que sabemos é que buscavam um produto que fosse simples e protegesse internamente as estruturas dos edifícios da época, pois criaram um grande rolo através do qual deslizou uma folha de palha de papelão que coletou uma mistura betuminosa que Ao secar, formou painéis rígidos.

Os testes mostraram que esta mistura tinha um grande poder de isolamento contra o fogo, (leia o artigo de meu blog sobre desempenho ao fogo) mas não era apropriada para a decoração final, então eles a substituíram por um núcleo de gesso envolto em uma celulose de várias folhas, conhecida mundialmente como Placa de Gesso.

Além da resistência natural ao fogo apresentada pelo gesso, a nova chapa tinha boa resistência mecânica, pois reunia duas propriedades: resistência à tração (proporcionada pelo cartão) e resistência à compressão (proporcionada pelo gesso). Com isso, era uma solução vantajosa para substituir a madeira, então largamente usada na construção norte-americana.

Essa tragédia alterou os rumos do desenvolvimento urbano e da construção nos Estados Unidos, que passaram a usar novos materiais, como estruturas metálicas, tijolos e vedações internas com sistemas drywall.


No Mundo
O drywall tem mais de 120 anos desde sua idealização, em sua primeira versão, batizada de Sackett Board, a chapa era composta por três camadas finas de gesso, uma separada da outra por uma folha de feltro, com o conjunto revestido por cartão. Mais tarde, a chapa ganhou a configuração atual com miolo único, sem as divisões iniciais.
Sackett Plaster Board ad, 1907
A primeira fábrica foi instalada em Pomprock (Nova Jersey) e seu consumo se espalhou rapidamente em todo os EUA e no Canadá. A Europa chegou alguns anos depois pela Inglaterra, em Wallasey, perto de Liverpool, a primeira fábrica européia foi construída em 1917, logo se espalhou por todo o Reino Unido e países nórdicos, pouco depois de passar para a França, onde a primeira fábrica na Europa Central em 1948.


Em 1978 foi a empresa EPYSA, Companhia Espanhola de Placas de Plástico, o nome dos novos produtos que deveriam ser lançados no mercado tomou o nome de PLADUR ( Uralite Plate), em correspondência com o parceiro majoritário, hoje em dia é como acontece com outras marcas é conhecida como Pladur.


A evolução do produto

O tempo passou e a "Chapa Drywall" sofreu muitas alterações, o que a tornou cada vez melhor. Graças à sua resistência a fogo e à rapidez de montagem, em 1917 a "Chapa Drywall" foi largamente utilizada na l Guerra Mundial.


Pladur da Primeira Guerra Mundial dos EUA

Aperfeiçoamento conquista preferências e em pouco tempo a "Chapa Drywall" conquistou espaços em grandes projetos, com baixo custo. O que lhe valeu sua entrada rápida em países da Europa, Ásia, África, América Latina, Estados Unidos e Japão.

O Drywall foi pensado como uma solução econômica para construção e acabamento.

Sua primeira versão, conhecida a princípio como placas Sackett, foi inventada em 1894 por Augustine Sackett nos EUA e consistia de 4 camadas de gesso molhado dentro de quatro folhas de papel, lã e camurça. As folhas mediam 91cm x 91cm por 3cm de espessura com bordas sem acabamento, e eram vendidas como pequenas telhas à prova de fogo. Posteriormente, em 1910, surge então o “Gypsum Board" (Placa de Gesso) fabricado pela empresa Gypsum, que possuía bordas encapadas e substituía as duas camadas de papel camurça anteriores pelo suporte do papel acartonado.

Graças à sua resistência ao fogo e à rapidez de montagem, em 1917 a "Chapa Drywall" ou “Chapa Parede Seca” (como ficou conhecida nessa época) foi amplamente utilizada na l guerra mundial, mantendo este layout e evoluindo pouco até meados da segunda guerra. A partir daí então, o Drywall começa a ser comercializado em folhas de gesso seco e de papel de multi-camadas, sendo o núcleo deste gesso natural, e revestido com cartão duplex, adquirindo em menos de uma década a forma que conhecemos hoje - que consiste em uma única camada comprimida e prensada entre duas folhas de papel pesado.

Entretanto, por ainda estar associado ao gesso que requeria antigas técnicas de aplicação envolvendo muita mão-de-obra onerosa e aparência frágil, a maioria das pessoas ainda evitava as construções com Drywall, imaginando que sua instalação requeria os mesmos cuidados ou que não era segura. Foi só a partir de 1945 que suas vantagens passaram a ser notadas em relação a outros tipos de construção e acabamentos.

A escassez da mão de obra entre o durante e o pós-guerra foi decisiva para alçar o Drywall como opção econômica e rápida em detrimento das técnicas tradicionais. Casas e fábricas podiam ser construídas em menos da metade do tempo e com bem menos trabalho que anteriormente. Além disso, os produtos baratos e eficientes passaram a ser encarados de maneira bastante patriótica por parte dos americanos, pois eles permitiam que fosse possível concentrar mais tempo e dinheiro para apoiar o esforço de guerra.

O Drywall então, passa a ser o material dominante nos EUA, iniciando-se assim o boom de construção pós-guerra. Empreiteiros, sabendo que poderiam construir casas e locais de trabalho em um décimo do tempo - em média, uma equipe de instaladores de Drywall podia terminar uma casa em cerca de duas semanas - abandonam de vez o gesso, cimento e alvenaria para dar preferência ao novo material, elevando seus lucros vertiginosamente.

Ao longo do tempo, o uso de gesso puro foi se tornando obsoleto e pessoas de todo o mundo passaram a dar preferência ao Drywall. No Brasil, ele chega a partir dos anos 90 quando os grandes fabricantes mundiais com sede na Europa como BPB Placo, Knauf e Lafarge Gypsum se instalam no país e passam a ser uma solução arquitetônica rápida limpa e barata para empresas, escritórios, shopping centers e hospitais. Repete-se aos poucos assim, a tendência observada há mais de um século nos Estados Unidos e há mais de 70 anos na Europa.

Posteriormente com a evolução da tecnologia, as chapas de gesso do Drywall se tornaram mais leves e menos quebradiças e o conjunto dos materiais e sistemas de tratamento também evoluiu.

No Brasil

O sistema drywall chegou ao Brasil em 1970, por iniciativa do médico Roberto de Campos Guimarães, que fundou em Petrolina, PE, a Gypsum do Nordeste. Foi a primeira fábrica de chapas de gesso para drywall instalada no país, dando origem ao emprego de sistemas drywall, inicialmente apenas em paredes internas, na construção brasileira. Os resultados alcançados foram positivos.

O sistema foi utilizado em vários edifícios, com destaque especial para o conjunto habitacional Zezinho Magalhães Prado, construído em Guarulhos, projetado por três expoentes da arquitetura de São Paulo: João Batista Vilanova Artigas, Fábio Penteado e Paulo Mendes da Rocha.

No entanto, em termos quantitativos, os resultados alcançados foram modestos, levando a Gypsum do Nordeste a enfrentar dificuldades financeiras, somente solucionadas em 1995, quando foi adquirida pela Lafarge Gypsum, do grupo francês Lafarge. Logo depois, chegaram ao Brasil a BPB Placo (joint-venture anglo-chilena) e a Knauf do Brasil (do grupo alemão Knauf) e aqui instalaram unidades industriais.

No ano 2000, estavam em operação no país três fábricas de chapas e outros componentes para a tecnologia drywall: além da unidade da Lafarge Gypsum, havia a da BPB Placo em Mogi das Cruzes, SP, e a da Knauf em Queimados, RJ. Nos primeiros anos do século 21, a BPB Placo passou ao controle do grupo francês Saint-Gobain e a Lafarge Gypsum foi adquirida pelo grupo belga Etex. Em 2010, foi inaugurada a primeira fábrica do segmento com capital nacional, a Trevo do Nordeste, instalada em Juazeiro do Norte, CE. E, em 2014, a Knauf e a Placo inauguraram duas novas fábricas de chapas, respectivamente em Camaçari e Feira de Santana, na Bahia.

Um produto que atravessou a história e chegou até nós com o nome de "Chapa Drywall", produzida com núcleo de gesso natural e revestida com cartão duplex. A ideia era extremamente simples, como as maiores invenções, e desde cedo se revelou uma solução arquitetônica prática e inteligente.
Hoje a chapa de gesso acartonado (drywall) que você conhece é o resultado de muita história. Da história de uma tecnologia que começou no passado, está presente na vida de milhares de pessoas e conquista o futuro como solução arquitetônica em forros, paredes, divisórias e revestimentos.
A história da Drywall, no Brasil, não começou ontem. Há quase vinte anos ela produz soluções arquitetônicas práticas e inteligentes em forros, paredes internas, pré-fabricados, revestimentos e divisórias para construções residenciais, comerciais e industriais.

São milhares de metros quadrados aplicados em hospitais, supermercados, shopping centers, lojas de departamentos, hotéis, edifícios públicos, edifícios residenciais e conjuntos habitacionais. Dos mais simples aos mais sofisticados. 

A chapa de gesso acartonado Drywall garante baixo custo final em construções residenciais, comerciais e industriais, pois reduz o tempo de trabalho, o volume de mão-de-obra e o desperdício de materiais. Testada dentro dos índices determinados por institutos internacionais e pelo IPT, no Brasil, a "Chapa Drywall" é resistente a fogo, bom isolante térmico e acústico, imune ao ataque de fungos e insetos, absolutamente estável (não contrai nem dilata), além de ter grande resistência mecânica e flexibilidade. A "Chapa Drywall" é mais leve que os materiais convencionais usados na construção civil para o mesmo fim.

E ainda aceita qualquer tipo de acabamento.
Só um produto com tantas qualidades permite melhor adequação e ótimos resultados em aplicações como:
  • Tetos e forros - Nas versões fixo monolítico e removível, ele permite fácil aplicação e acesso às tubulações localizadas acima do forro.
  • Parede interna - Tem pouco peso, menor espessura, permite maior facilidade e rapidez na montagem, com um trabalho muito mais limpo.
  • Divisória - Com miolo ou com acabamentos variados, torna o conjunto resistente a fogo.
  • Revestimento - Substitui, numa só aplicação, o reboco, o chapisco e a massa fina. E obtém como resultado final uma superfície uniforme e sem emendas. Unindo tecnologia e simplicidade para gerar soluções.


FERSAN ENGENHARIA
Alex Ferreira dos Santos (Alex Fersan)
Engenheiro Civil
(21) 9.8914-6287
fersan.engenharia@gmail.com


Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_gesso
http://www.drywall.org.br/imprensa.php/2?pagina=2/894/drywall-tem--anos-no-mundo--no-brasil
http://acartonadogesso.com.br/historiadogessoacartonado.html
http://www.instaladoresdeplacadeyeso.com/historia-de-la-placa-de-yeso/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_inc%C3%AAndio_de_Chicago
http://trowelcollector.blogspot.com.br/2016/03/drywall-and-plasterboard-tools.html

Usar meu blog como referência:
SANTOS, Alex Ferreira dos. A história e origem do drywall: Drywall no mundo e no Brasil. 2018. Disponível em: <https://brasildrywall.blogspot.com>. Acesso em: 27 abr. 2020.